quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Prescrições médicas



O médico me indicou
Que fumasse sempre que possível
Se prazer me desse
E na companhia de um copo de bebida
E para que o enchesse sempre que o fundo enxergasse


Me recomendou que fizesse isso acompanhado de alguém
Para conversar, papear, discutir, rir.
Mas se não fosse possível
A sós poderia também assim me tratar


Disse para ser menos correto
Menos certo, mais errado
Que não me importasse com a saúde
E que focasse na vida
Em vive la


Recomendou-me também que
Amasse mais
Mas não se apegasse
Pois isso mata sem nos enterrar


Disse que pensasse só no hoje
O ontem está morto
O amanhã nem nasceu
Viva o tempo que tem
E este é só agora


Disse me para não me olhar no espelho
Para a vaidade não tentar
Mas se não me conte-se
Que aceitasse o meu eu
Tal como é, em prós e contras


E se exequível fosse
Melhorar o que pudesse
Anulasse o que desse
Salvasse o possível


Mas que desde dai
Que aprendesse a trocar
Perdas por ganhos
Na metamorfose da vida
No seu antagônico sinônimo.. que é morrer

-Polisto Villa Grande-

4 comentários:

  1. AUHUAHUAHHAUAHUAH
    Muito fodaa!
    Acho que a gente vai no mesmo doutor..olha que coincidência!

    ResponderExcluir
  2. Hahahahah...... esse é barbaro, vou me consultar hoje mesmo.

    ResponderExcluir
  3. Nossa que texto foda!
    Se levassemos a vida assim, talvez na hora da morte levariamos mais coisas boas. E momentos bem mais 'BEM' vividos.

    ResponderExcluir
  4. acho que o que importa não é viver muito e sim viver bem do jeito que dá

    ResponderExcluir

O que achas?!