sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Daltonismo de idéias e valores e suas hipocrisias e ignorâncias mascaradas

        Este post não tem nada haver com o distúrbio visual que é nomeado de Daltonismo, é uma mera analogia ao fato de visão de mundo ou de parte dele, é A ou B, é preto ou branco, que muita gente possui, parece que não existe o C, D, F, G e etc, ou o Azul, o Verde, o Amarelo, o Vermelho e etc e tal.

        Sabe, ou é tudo é bom, ou tudo é ruim, é de um extremismo doentio, além de gerar idéias e opiniões errôneas e injustas por consequência, isso principalmente em casos polêmicos, que ousarei falar aqui, porque pra muita gente isso é intocável, vou colocar o dedo na ferida sim senhor(a) e com o dedo melecado de sal, vinagre e álcool, pra desinfetar por fim e cicatrizar de fato.

        Através destes temas com fama de “malditos” segundo a nossa Sociedade, por parte da imposição de certos setores e pessoas de forte influencia por motivos de natureza, com todo o respeito, ridícula. E por outra que aceita a conduta imposta.

        Primeiro, legalização da maconha, vou relatar minha opinião ao final deste raciocínio, o que na verdade farei em todos os pontos que colocar neste post. O que os contra-legalização defendem, segundo eles, a legalização da maconha geraria o morticínio da juventude, mediante ao fato de que a maconha é a porta de entrada para outras drogas, que ira viciar os seus usuários ao ponto de destruir a família, gerar problemas de ordem social e de saúde.

        Agora veremos o ponto de quem defende a legalização, com a legalização, o dinheiro não vai mais para o trafico, que é usado pelo crime organizado para a compra de armas, de drogas sintéticas, e a geração de domínio de morros e comunidades de forma tirana, que torna a comunidade refém do traficante e dos conflitos entre os traficantes e a policia, ou entre eles, além do impedimento de direitos fundamentais como educação, saúde e liberdade de expressão e de ir e vir, e por consequência, a diminuição drástica da violência nas grandes cidades brasileiras, além do mais, garante o controle total da droga perante o Estado, gera recursos para o país via imposto, além da geração de emprego e do turismo pela legalização da maconha mediante os exemplos da Holanda e Jamaica.

        Já o ponto de vista deste reles mortal, eu sou a favor da legalização, porém, creio que a sociedade brasileira não tem cabeça ainda para a legalização, acho que é necessário amadurecer mais essa idéia, fazer com que a população tenha uma opinião bem formada e completa compreensão do fato, segundo, a alegação de que a droga vai ser porta de entrada para outras drogas é uma mentira terrorista, se fosse assim, os 80% dos 100% dos usuários de droga no mundo na década de 60 deveriam ter ido já pra cocaína, crack, LSD e outras, porém, os 80% de maconheiros da década de 60 se mantiveram maconheiros no ano 2000, segundo dados da própria ONU, ou seja, se a tese fosse verdadeira a maconha seria a droga menos consumida do mundo, o que se vê é justamente o contrário.

        E outra, o álcool é mais destrutivo do que a maconha, pois gera diversos acidentes no transito, destrói bem mais famílias, gera um numero assustador de agressões a mulheres por maridos alcoolizados. Então fica um tanto hipócrita ser contra a legalização e não falar dos males do álcool, ninguém é contra a cerveja e sua indústria que tanto manipula nossa sociedade com suas mulheres maravilhosas e situações animadas e descontraídas, como se o mundo fosse maravilhoso.

        Ou seja, demoniza a maconha, mas não fala um ai contra o álcool, além do mais não me venha chamando de blogueiro maconheiro, porque neste país se tem o costume idiota de que quem defende a maconha é maconheiro, quem defende os GLBT é homossexual e assim vai. Não é que você defende a idéia só porque ela vai de encontro aos seus interesses, nem sempre, quando se defende uma bandeira pode ser tanto por interesse próprio como simpatia pela causa, ou por entender que aquilo é o melhor ou justo segundo sua reflexão, pensamento ou opinião.

        Segundo, aborto, esse aqui é um pega pra capa que não é brincadeira, os cristãos (católicos e evangélicos de todas as denominações) são contra por princípios de dogma e ponto final, já os que são a favor, alegam que a mulher que tem condições, vai pro exterior e faz lá com segurança o seu aborto, e já as que não têm condições, fazem de forma clandestina e em clinicas de péssimo estado, o que gera a complicação e morte destas mulheres, ou seja, com a legalização, diminuiria o índice de mulheres mortas por tais fatos, além de alegar que o corpo pertence à mulher e ela tem o direito de decidir sobre ele, tudo bem.

        Agora vem a minha opinião, eu sou contra o aborto, com exceção dos casos de estupro e de risco de vida para a mãe, o que muita gente acho contraditório, porém não são, a maneira de concepção foram diferentes, e suas reações são completamente opostas, a mulher estuprada, ela foi obrigada, ela foi abusada de forma indesejada, teve seu corpo usado de forma desumana e cruel por um desgraçado, que vai gerar um trauma horrível nesta mulher, que vai carregar parte daquele que ela mais repugna dentro do seu ventre, isso pra qualquer um é um terror macabro, o que isso vai acabar com o psicológico, emocional, físico e o espiritual desta mulher é incalculável, além de ficar a beira de um suicídio ou de outro ato contra si ou outros.

        Já a mulher que fez porque quis, com o camarada que também fez porque quis, essa dai não tem desculpa não, tá careca de saber sobre métodos contra-conceptivos, toda hora esse tema é debatido na tv, o Ministério da Saúde garante lá no posto camisinha e pipula, faz campanha de conscientização para a população, na farmácia da pra comprar camisinha e anti-concepcional num preço bem acessível para todos, e mesmo assim os dois me fazem sem nenhum desses métodos pra não engravidar, além de correrem o risco de pegarem uma doença sexualmente transmissível como sífilis, gonorreia, hepatite b e a temida AIDS.

        Assim não dá, e quem menos tem haver com o ocorrido que pague o pato, nada disso, ter um filho é coisa séria, nada contra o sexo, muito pelo contrário, sou a favor, já dizia Lennon – “Faça amor, não faça guerra”- porém, com camisinha e com consciência. Pois o sexo é natural, não deve ser repreendido, mas desde que se pratique com segurança e maturidade, responsabilidade.

        Se vocês perceberem, a maioria dos problemas não esta no fato, nos efeitos, na coisa ou no sujeito, mas sim na cabeça dos que fazem a coisa acontecer, dos responsáveis. Exemplo, o problema da maconha não é ela em si, mas da cabeça de quem a usa, da formação, do pensamento de quem usa, o mesmo para o aborto, porque não se evitar a chegar nessa medida tão extrema com um ato tão simples que é usar uma camisinha, tomar a pílula, e com todo respeito a igreja, mas o sexo tá ai como a agua pra quem tem sede, seja racional, diante do fato que o sexo esta ai, e todo mundo faz, casado ou não, é preferível fazer com responsabilidade e prazer do que ficar negando camisinha e pílula, e deixar que o mundo se acabe em DSTs e filhos largados no mundo, e mulheres, sim vocês são donas de seus corpos, mas ninguém tem o direito matar ninguem.

        Gente o assunto vai longe, e eu vou dar um intervalo neste post, porque senão isso não acaba, além do mais, não fico devendo mais os dias que eu fiquei devendo posts, mas eu escrevo quando eu estou com vontade e idéia boa, para que saia coisa com qualidade e não post pra encher linguiça e ocupar espaço, tem que ser construtivo, do contrário, nem é valido postar, ah o João e o Dionísio parece que vão demorar pra mandar alguma coisa, estão pendentes, já o Polisto e o Zéphiro, nossos trovadores, estão com poesia pra mostrar.

        Camaradas é isso, e outra coisa, não espero que concordem comigo, mas se eu já despertar em vocês o espirito critico, o ato de pensar, não aceitar nada pronto como verdade, já me dou por feliz, não quero concordadores, quero pensadores. Hasta el próximo post.

4 comentários:

  1. BLOGUEIRO MACONHEIRO !

    EU RI!! uahsuhsuasauhsausha


    Mas é, a legalização da maconha pode ser um trunfo para o Brasil. Não acho que quando estiver legalizado todo mundo vai sair por ai puxando um bék que nem loucos, até quem não fumava. Acho que vai ser como é hoje: meio "escondidinho". Mas não porque é proibido, e sim porque é tradição mesmo.

    e sobre o aborto... Já sou contra o que você disse sobre "ser permitido somente nos casos de estupro e risco de vida da mulher". De qualquer jeito, seria um assassinato. Então o individuo tem o direito de morrer só porque foi fruto e um ato sexual forçado e cruel? O que esta vida tem de diferente daquela vida em que o sexo foi quisto de ambas as partes? Não continua sendo uma vida? Não tem um coração lá batendo do mesmo jeito?
    E no outro caso, o da mulher correr risco de vida. Por que o bebê tem o direito de morrer, e a mulher, que deu vida a ele, tem o direito de viver? Eu acho que eles são totalmente iguais, e ninguém pode decidir quem deve morrer e quem deve continuar vivo. Disto, o destino está encarregado de decidir.
    Então, seja proibido ou seja legalizado, deve ser homogêneo. Sabe-se que proibindo vai continuar acontecendo (como a maconha). Então ou proibe, mas proibe em todos os casos, ou legaliza logo de uma vez essa carnificina.

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  2. Minha cara Monike, quando defendo o aborto no caso de estupro é sobre o principio do e que essa mulher não possui mais sanidade e equilibrio para manter a sua vida e daquele que realmente não tem nada haver com o caso, pois supomos que esta mulher assuma a gravidez, tenha durante os 9 meses que se segue que esta levando o fruto de sua dor, de sua tortura, quem garante que essa mãe num momento de insanidade não se suicide, e sepulte ela e aquele que nem ao mundo veio, é uma vida tortuosa para ambos, e de que vale a vida se é pra sofrer?

    Ja no caso do risco de vida para a mãe, não é que ela vai aborta, é que ela tem a opção de abortar, pois ninguem pode ser julgado por querer viver, porém como é mãe, ela vai querer levar a gravidez até o final, pois o mãe se sacrifica por seus filhos, pois isso é ser mãe, é amar incondicionalmente, mas é dado esse direito, afim de que ela tenha escolha. Ninguem é obrigado a fazer algo que pode ceifar sua vida.

    Por isso a diferença, ao meu modo de ver, exorbitante entre os casos de estupro e risco de vida com a concepção que foi fruto de sexo sem proteção e desejado por ambos.

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  3. Mas é difícil legalizar somente em determinadas condições, pois as pessoas podem abusar desse direito.
    Por exemplo, uma piriguete com fogo na piriquita deu a doidado. Ficou grávida. Não quer o filho. Recorre aos "direitos" dela dizendo (mentindo) que foi estuprada. Quem vai provar que não foi? E então esta lei vai sempre ficar sendo burlada por jovens inconsequentes e imaturos.
    No caso do risco de vida...Até que é um pouco diferente porque seria um médico que iria comprovar que a mulher estaria correndo risco de vida (apesar que médicos também podem ser subornados)
    Então, seria uma lei extremamente fácil de manipular. Por isso acho que das duas, uma: Legaliza tudo ou proibe tudo. Acho que o Brasil tá farto de hipocrisia. É o bastante para um país só!

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  4. Ora se formos ver, qualquer lei esta passivel de infração através da mentira, porém cabe os orgãos competentes que verifiem o fato como verdadeiro o mentiroso, a compravação de estrupo e atraves do exame de corpo delito, o que ja eliminaria quase que a totalidade das suspeitas, além do mais, não se pode ceifar um direito de todos por causa do mal uso por parte infima.

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