sábado, 18 de setembro de 2010

Crônicas de Arranha Céus - Acorda! Olha a vida, olhe a hora!

          São 7:30 AM, acordo com o despertador, percebo que Laura nem sequer percebeu a existência do barulho, saio da cama meio cambaleando, meio dormindo. A madrugada fora longa, e apenas pude cochilar depois da transa com a mulher que iria dormir até às 2 da tarde, burguesa dos Jardins, ela podia, o dinheiro do pai permitia a ela esta regalia, regalia esta que eu não tinha.


          Vou à cozinha, tomo um copo de água, após, ligo o chuveiro e vejo se desperto de vez, enquanto a água quente caia me sobre a cabeça, penso na madrugada que passou. Mas especialmente na parte anterior ao meu cochilo, mais vamos por partes e pela ordem, se não nos perdemos entre os desfechos da história.


          Noite de sexta, parece que carrega todas as luxurias em si, e a todos enche de desejos de que a noite não acabe mal, nada de mãos abanando, tem que ter história para contar amanhã, e nesta caça em que todos são caças todos são caçadores, se abre a noite, e no final dela, se conta os triunfos, omitem se as quedas.


          Mas nos atemos à história, às vezes me esqueço de que estou contando a minha estória, e não divagando, como poeta e filosofo frustrado que sou. Ixi, já estou puxando estórias antes da hora. Normal, verão isso muito no meu falatório, bem, voltemos ao assunto, naquela noite de sexta, sai da repartição cansado mentalmente, pensando em como me livrar daquelas malditas montanhas de papeis que estavam me esperando no sábado, pois tinha prazo apertado para entregar, foi quando o meu celular tocou, era o Beto, falando de uma balada, na qual ele iria com a turma.


          Não estava a fim de ir para casa, então confirmei, peguei um taxi, pois os ônibus estariam lotados, e eu não tava a fim de ficar naquela lata de sardinha infernal, como de sexta é liberado ir com roupa informal, até que dava pro gasto, chegando lá, o Beto já tinha dado um toque pro segurança, que ao me ver, já me deu passagem, lá dentro encontrei a turma, foi ai que percebi a presença de Laura, já tínhamos tido um caso, e de veras recaídas de ambas as partes, de modo para não acabar só a noite.


          A cumprimentei e fui ao bar pegar um drink de tequila para dar uma animada, e a noite foi indo, e se passaram mãos em partes de outras, como bocas, coxas, bundas, cinturas, lábios e línguas, mas no final da noite me deparo com Laura um pouco alterada, o que era normal a ela, boêmia inveterada, ébria convicta, porém, não podia eu condena lá, estava na mesma situação, então fui a ela, e comecei a conversar, no decorrer da conversa em meio a risos e fala embaralhada, eu a encostei na parede, e ai começou os amassos intensos, como o ponto de taxi ficava ali perto, a convidei para dormir no meu apartamento, como já ocorrera algumas outras vezes, ela não fez rodeios e logo aceitou, pegamos o taxi e fomos nos amassando, vigiado pelos olhares do taxista, que entre uma olhada e outra para rua, fugia o olhar a nos mirar, enfim chegamos, paguei o, e logo subimos, no elevador se prosseguiu o que no carro estávamos a fazer, mas com mais espaços para as mãos circularem e aproveitar o que os corpos ali dispostos tinham de melhor a oferecer.


          Chegamos ao 12° andar, e fomos direto ao meu apartamento, e pela sala fomos nos despindo, com beijos flamejantes de desejo, numa antropofagia sexual das duas partes, e na poltrona ela me jogou, e entre minhas pernas consumiu em delírios o meu falo latejante, e eu a me extasiar pelas caricias ali feitas. Eu a gemer de prazer com o desempenho formidável daquela mulher que ali entre as minhas coxas se encontrava.


          Depois de eu ter esporrado voluptuosamente, agarrei a com força e a joguei no sofá, a fim de retribuir os prazeres que ela me tinha proporcionado, fui degustando seu corpo, iniciando pelo pescoço, depois, devorando os seios fartos que tinha, chegando a sua cintura e por fim, a desejada flor desabrochada rósea, que a consumi intensamente, fazendo com que ela se retorcesse e gemesse ferozmente. Quando por fim da um ultimo gemido prolongado, que anuncia a ascensão do clímax, e descarna de tuas partes a força, fazendo com que se derramasse no sofá que estava.


          E a atendo em meus braços, a levei ao altar mor de nosso ato, e nos lençóis e deixei, e logo em seguida me coloquei entre suas pernas, ajoelhado e dubiamente ereto, comecei a adentrar e desbravar vossas profundezas insanamente, como um desvairado entorpecido de desejo ardente de consumação. E sobre ela fiquei a lhe provar o pescoço e o colo, enquanto lhe estocava vorazmente, de modo que minhas mãos agarradas as suas coxas, à firma lhe melhor.


          Quando finalmente nos extasiamos e entorpecemos na explosão de orgasmos e gozo projetados pelos corpos nossos que depois do fato consumado, caem fadigados, eu esparramado sobre a cama, e ela sobre meu peito a dormir. Laura é uma parceira notável, mulher fogosa, insaciável, com todo o respeito, mas uma puta memorável. Parece que nossos corpos se completam, conversão, devoram se prazerosamente.


          Desligo o chuveiro, saio do flashback, retorno a realidade, me visto rápido e parto a correria louca, pois me encontro atrasado, eterno tempo carrasco, sempre a mim contrário, desço pelo elevador, saio a rua e me dirijo ao metrô, sigo rumo ao escritório, mas esta parte vos conto em outra oportunidade, necessito termina com esta papelada antes que os prazos expirem e o diretor me ferre sem piedade...



                                                             - Dionísio de Aquino - 

2 comentários:

  1. Eu já discuti na escola
    durante o que era pra ser uma aula de geografia
    com você
    Sobre contos eróticos no livro do governo
    E agora, você postando isso
    Me lembrou na hora.
    Rs
    Bom, o que posso dizer-te?
    Continua assim.
    Adorei.
    Todo mundo gosta de contos eróticos mas nem todos admitem
    Mas eu falo e sem medo: eu gosto sim!
    E adorei esta crônica
    Espero que poste mais.

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  2. Não temo pela obra do autor, mas temo pela cabeça do leitor, quando garimpei este magnanimo texto do Aquino, não pensei duas vezes, descreve o ato com classe, não se ridiculariza no vulgar, no banal, no baixo. É como lhe disse, temo a cabeça do leitor, pois conheço a alma do autor. Posto para quem tem o espirito libertário, ou que deseja ter, do contrário, pobre ser, pequenino se faz diante de sua protuberancia humana.

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