segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Liberta te Operário


Liberta te operário, voe já
Voe! Ganhe mundo, fuja
deste chão imundo que lhe faz agonizar

Vá viver a vida
Veja como é simples,
como é linda...

Liberta te de tua escravidão.
Teu senhor é a desgraça.
Tua comida é a submissão.

Vá operário, liberta te então.
Se desfaça  de operário.
Cria te cidadão.

Se faz consciente.
Se faz presente.
Se faça vivente.

E quando for contemplado.
Não te esqueça ex-operário,
de teus oprimidos irmãos.

Mostre a eles o caminho,
sem definição,
da libertação.

E quando dentro de ti
Se esvaziar a servidão
E se transbordar a libertação

Será livre verdadeiro,
livre de tudo.
Feliz por inteiro.


- Zéphiro Guerra -

sábado, 18 de setembro de 2010

Crônicas de Arranha Céus - Acorda! Olha a vida, olhe a hora!

          São 7:30 AM, acordo com o despertador, percebo que Laura nem sequer percebeu a existência do barulho, saio da cama meio cambaleando, meio dormindo. A madrugada fora longa, e apenas pude cochilar depois da transa com a mulher que iria dormir até às 2 da tarde, burguesa dos Jardins, ela podia, o dinheiro do pai permitia a ela esta regalia, regalia esta que eu não tinha.


          Vou à cozinha, tomo um copo de água, após, ligo o chuveiro e vejo se desperto de vez, enquanto a água quente caia me sobre a cabeça, penso na madrugada que passou. Mas especialmente na parte anterior ao meu cochilo, mais vamos por partes e pela ordem, se não nos perdemos entre os desfechos da história.


          Noite de sexta, parece que carrega todas as luxurias em si, e a todos enche de desejos de que a noite não acabe mal, nada de mãos abanando, tem que ter história para contar amanhã, e nesta caça em que todos são caças todos são caçadores, se abre a noite, e no final dela, se conta os triunfos, omitem se as quedas.


          Mas nos atemos à história, às vezes me esqueço de que estou contando a minha estória, e não divagando, como poeta e filosofo frustrado que sou. Ixi, já estou puxando estórias antes da hora. Normal, verão isso muito no meu falatório, bem, voltemos ao assunto, naquela noite de sexta, sai da repartição cansado mentalmente, pensando em como me livrar daquelas malditas montanhas de papeis que estavam me esperando no sábado, pois tinha prazo apertado para entregar, foi quando o meu celular tocou, era o Beto, falando de uma balada, na qual ele iria com a turma.


          Não estava a fim de ir para casa, então confirmei, peguei um taxi, pois os ônibus estariam lotados, e eu não tava a fim de ficar naquela lata de sardinha infernal, como de sexta é liberado ir com roupa informal, até que dava pro gasto, chegando lá, o Beto já tinha dado um toque pro segurança, que ao me ver, já me deu passagem, lá dentro encontrei a turma, foi ai que percebi a presença de Laura, já tínhamos tido um caso, e de veras recaídas de ambas as partes, de modo para não acabar só a noite.


          A cumprimentei e fui ao bar pegar um drink de tequila para dar uma animada, e a noite foi indo, e se passaram mãos em partes de outras, como bocas, coxas, bundas, cinturas, lábios e línguas, mas no final da noite me deparo com Laura um pouco alterada, o que era normal a ela, boêmia inveterada, ébria convicta, porém, não podia eu condena lá, estava na mesma situação, então fui a ela, e comecei a conversar, no decorrer da conversa em meio a risos e fala embaralhada, eu a encostei na parede, e ai começou os amassos intensos, como o ponto de taxi ficava ali perto, a convidei para dormir no meu apartamento, como já ocorrera algumas outras vezes, ela não fez rodeios e logo aceitou, pegamos o taxi e fomos nos amassando, vigiado pelos olhares do taxista, que entre uma olhada e outra para rua, fugia o olhar a nos mirar, enfim chegamos, paguei o, e logo subimos, no elevador se prosseguiu o que no carro estávamos a fazer, mas com mais espaços para as mãos circularem e aproveitar o que os corpos ali dispostos tinham de melhor a oferecer.


          Chegamos ao 12° andar, e fomos direto ao meu apartamento, e pela sala fomos nos despindo, com beijos flamejantes de desejo, numa antropofagia sexual das duas partes, e na poltrona ela me jogou, e entre minhas pernas consumiu em delírios o meu falo latejante, e eu a me extasiar pelas caricias ali feitas. Eu a gemer de prazer com o desempenho formidável daquela mulher que ali entre as minhas coxas se encontrava.


          Depois de eu ter esporrado voluptuosamente, agarrei a com força e a joguei no sofá, a fim de retribuir os prazeres que ela me tinha proporcionado, fui degustando seu corpo, iniciando pelo pescoço, depois, devorando os seios fartos que tinha, chegando a sua cintura e por fim, a desejada flor desabrochada rósea, que a consumi intensamente, fazendo com que ela se retorcesse e gemesse ferozmente. Quando por fim da um ultimo gemido prolongado, que anuncia a ascensão do clímax, e descarna de tuas partes a força, fazendo com que se derramasse no sofá que estava.


          E a atendo em meus braços, a levei ao altar mor de nosso ato, e nos lençóis e deixei, e logo em seguida me coloquei entre suas pernas, ajoelhado e dubiamente ereto, comecei a adentrar e desbravar vossas profundezas insanamente, como um desvairado entorpecido de desejo ardente de consumação. E sobre ela fiquei a lhe provar o pescoço e o colo, enquanto lhe estocava vorazmente, de modo que minhas mãos agarradas as suas coxas, à firma lhe melhor.


          Quando finalmente nos extasiamos e entorpecemos na explosão de orgasmos e gozo projetados pelos corpos nossos que depois do fato consumado, caem fadigados, eu esparramado sobre a cama, e ela sobre meu peito a dormir. Laura é uma parceira notável, mulher fogosa, insaciável, com todo o respeito, mas uma puta memorável. Parece que nossos corpos se completam, conversão, devoram se prazerosamente.


          Desligo o chuveiro, saio do flashback, retorno a realidade, me visto rápido e parto a correria louca, pois me encontro atrasado, eterno tempo carrasco, sempre a mim contrário, desço pelo elevador, saio a rua e me dirijo ao metrô, sigo rumo ao escritório, mas esta parte vos conto em outra oportunidade, necessito termina com esta papelada antes que os prazos expirem e o diretor me ferre sem piedade...



                                                             - Dionísio de Aquino - 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Uma armadilha chamada Tiririca



O titulo do post pode até ser cômico,mas vocês não sabem a perversidade por detrás desta figura hilariante que é o Tiririca e tantas outras figuras exóticas nestas eleições. Mas vocês devem estar a perguntar, que perversidade?
Simples, vou desmontar o plano por parte, para você ser eleito como Deputado Federal pelo Estado de São Paulo, é necessário obter 300 mil votos, o Tiririca por ser uma figura que tem um grande carisma, vai ser bem votado devido a isso, ou vai ser usado como voto de protesto, como outrora fora o mitológico Sr. Enéas, vai receber mais de 300 mil votos. Suponhamos que ele, o Tiririca, tenha 564 mil votos, ele vai ser eleito, pois conquistou os 300 mil votos exigidos, ai começa a perversidade por detrás desta figura, ele se elege com os 300 mil, os 264 mil excedente vai para o Partido dele.
Partido esse que tem um candidato que só obteve 250 mil votos, ou seja, só faltavam 50 mil votos para ele se eleger, o que acontece? O Partido da os 50 mil que lhe falta, tirando das sobras dos votos do Tiririca, ou seja, você acaba votando em um cara que você não conhece e nem desejava votar. Depois um candidato que conseguiu 200 mil votos, o Partido da os 100 mil que sobrou do Tiririca, e mais um vai para Brasília.

Então os partidos usam destas pessoas para puxar votos e eleger mais candidatos do seu partido de forma indireta, fazendo que gente se eleja sem mérito próprio, e muitas vezes, senhores de péssima índole. Exemplo disso foi nas eleições de 2002, na qual o falecido Enéas conseguiu o recorde de 1,5 milhões de votos, o que possibilitou ele levar mais 5 camaradas de carona nos votos.

Ou seja, candidatos como Tiririca, Mulher Pêra, Leandro e Kiko do KLB, Batoré, Marcelinho Carioca, Ronaldo Esper e tantos outros, são usados para puxar votos para seus respectivos partidos, afim de estes partidos elejam mais dos seus partidários através das sobras destes famosos.

Então antes de votar nestas figuras, veja quem pode ser eleito indiretamente, a índole, o partido. Porque você pode votar num cara que você acha que é bom, e no final das contas, votar em quem não presta.

O perigo Malufista.

Você com certeza já devem ter ouvido a seguinte frase; “Ele rouba mais faz”. Esta celebre frase é usada como justificativa para que votem no Sr. Maluf. Não nego o fato que suas obras foram boas para São Paulo, porém, não justifica os atos de roubo aos cofres públicos. Pois se seguimos esta linha de lógica de compensação, podemos fazer a seguinte pergunta; “- Quem salva uma vida pode matar outra?-”.

O fato é o seguinte, será que só se faz roubando? Temos que largar essa mentalidade, tem que faz sem roubar, e fazer as melhorias que o povo necessita não é caridade como muitos pensam, é dever. Pois quando o camarada propõe a candidatar se, ele logo assume o compromisso de trabalhar para o povo de forma a beneficiar o mesmo, e não fazer essas melhorias achando que esta sendo generoso, como se isso não fosse sua obrigação.

Nada contra a pessoa do Sr. Maluf e os malufistas, mas acho que um ato não neutraliza o outro. Tem que se votar em gente com ficha limpa e com propostas, do contrário não é digno de ocupar o cargo público, seja ele de Presidente, Governador, Senador, Deputado e etc.

Então, nestas eleições, vote em candidatos com ficha limpa, proposta e honestos, e tome cuidado com as armadilhas Tiririca, Mulher Pêra, Batoré e outros. É como já dizia o provérbio popular:“Comprou gato por lebre”.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Cidade dos Renegados


Caminho pelas ruas
Em vaguear ao nada
De encontro ao destino incerto
Ao norte da ausência

Me perco nas paralelas
Me faço perder nas esquinas
Afim de não me encontrar
Afim de fugir do que temo

Fico transtornado pelos seres que encontro
Nos rumos que sigo a enveredar
Mulheres provedoras de volúpias carnais
Senhoras livradoras dos tormentos momentâneos

Esbarro-me com ébrios desgraçados
Que no embriagar de vossos corpos
Anestesiam as dores de seus males
De forma que se entorpecem para os demônios serenar

Mesmo sem garantia de vitoria, ou êxito
Estes pobres seres inebriados percorrem assim
Por ruas e vielas, alamedas e passarelas
Caminhando do nada ao encontro de lugar nenhum

Quando perco das vistas estes senhores
Me deparo com outros  portadores de mazelas
E estes me deixam mais abismado
Com o espanto da ação de seus atos

Pobres anjos caídos, seres ceifados de libertação
Que não podendo mais gozar do vôo de suas asas
Caem em desgraça de cachimbos profanos
A consumir seus torrões alvos de podre delicia

E o resultado de tal mortiço fato
É o esvaecer do espírito
A assunção do fantoche das moléstias
E o caminhar de um mal sepultado

E percebo que esta macabra peça
Que fez da noite seu palco
E destes seres, atores desgraçados
Possuem mais outros bestiais atos
Deste manicômio espetáculo sem fim


 - Polisto Villa Grande -              

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A imaturidade cívica e política do brasileiro: Um mal que nos custa caro


Um fato horrível que constato ao analisar as ações e pensamentos da população, os relatos nos mais diversos meios de mídia, seja na TV, no rádio, imprenso ou virtual, além das constatações de renomados institutos através de pesquisas de rua.
Mas vamos por parte, nessa analise patológica, mal tão danoso a nós, nas mais diferentes áreas e setores existentes de nossa vida, seja ela no coletivo, ou individual.
Vivemos em uma democracia, sistema esse que o grande estadista inglês Winston Churchill resumiu nesta celebre frase;

“A democracia é o pior sistema de governo, com exceção de todos os outros”

E de fato a democracia não é perfeita, possui suas falhas, como o nepotismo, rouba da verba pública, quadrilhas, em geral, mau uso da maquina pública e seu uso para favorecimento de poucos, mas ainda não nos faz trocá-la por uma ditadura, pois suas falhas são passiveis de correção, de forma rápida e segura, e sem derramamento de sangue, e tendo a batalha só no campo das idéias, da lei, da justiça.
E qual é a santa cura? Simples, cidadania ativíssima, como? Se começarmos a exercer a nossa cidadania, através de nossa ação, o povo tem que aprender que não basta eleger, tem que participar, fiscalizar, refletir, defender o que acredita, e sobre tudo não somente sobre o seu interesse, mas de todos os vossos concidadãos, compatriotas.
A beleza da Democracia não é só a liberdade do ser, mas a o amor ao próximo, o estender a mão, fazer de todos nós iguais, na dignidade do ser, na felicidade estampada nos rostos e brotando das almas, é fazer que todos tenham direito a serem felizes.
O significado da palavra Democracia vem do grego, que significa poder do povo, governo de todos, ou seja, é exercido pelos seus cidadãos, e não por parte dos mesmos. É governar com todos, por todos, para todos. Enquanto não acordamos para isso, não nos educamos destes valores e virtudes, não perdemos a mania de sermos comodistas e egocêntricos, as desgraças e mazelas do Brasil haverão de prosperar generosamente, e nós, que tantos enchemos a boca pra reclamar, teremos de nos calar, pois somos cúmplices destes crimes que nos flagelam a cada dia rumo ao tempo infinito.
Aprendamos a viver em uma Democracia, pois do contrário, viveremos no mito da democracia, usado para justificar os atos do Estado nefasto que mata, direta ou indiretamente seu povo, por interesses particulares ou de parte do mesmo.
E não me venha com a desculpa esfarrapada e clichê de que uma andorinha só não faz verão, de que sozinho não se faz nada. Pior do que perder lutando, é perder sem nem ao menos ter tentado. Se não queres lutar por você, lute por seus iguais, pelos filhos que terá, pelos que ama, por sua terra, por sua identidade, mas lute.
Os vietnamitas perderam todas as batalhas da Guerra do Vietnam, porem, ganharam a guerra, pois não desistiram, quando um batalhão caia, no nascer do novo dia, surgia um novo batalhão. As armas avançadas e superiores dos yankes, por mais poderosos e mortais que fossem, eram inúteis diante da força, da raça, da coragem e amor do povo vietnamita.
Mesmo diante do poderio dos gigantes usurpadores desta terra, dos seus capangas fardados ou engravatados, do seu poder de sedução, da força que possam ter, não poderão acabar com o povo, sua força e garra. Esta luta é como o construir de uma casa, mesmo que sejamos o único pedreiro desta obra chamada Brasil, por mais árduo seja colocar um tijolo de sol a sol e sobre os acoites dos poderosos que danificam a construção, haverá de um dia a obra estar pronta, acolher vossos iguais, e se tornar lar da igualdade, da liberdade e da fraternidade.
Os pedreiros desta obra podem morrer, porém sua obra irar rir se imune ao tempo, idéias não morrem, valores não se destroem, virtudes não se corrompem. Então cada um de nos cumpre mos com os deveres para com nosso país, coloquemos tijolo a tijolo, de sol a sol, mesmo que não contemplemos a obra pronta, e dela o fruto não provemos, teremos a recompensa da satisfação do dever cumprido, da consciência tranqüila, e da santificação da história, mas sobre tudo, do principio de Amar, amar é se doar e ficar feliz pela felicidade do outro.
Brasileiros, caminhamos na penumbra fria e escura da noite dos desgraçados, açoitados pelos que vivem nas trevas e que nela se perderam. Somos aqueles que nela caminham com a vela da esperança, que mesmo que o vento sopre forte e bravamente, não a apaga, insiste a chama em se manter viva, e enquanto caminhamos nesta nefasta escuridão, esperamos ansiosos pela aurora de dias melhores, no qual o sol reinará, matando as trevas, o bem vencendo o mal, porém, a nós não foi avisado que o sol não nascera no horizonte como pensamos, os poderosos nos furtaram a cura da doença que eles são, nossas velas são os raios de sol de dias melhores, mas dispersos, então se unidos tivemos, nossas velas acesas de esperança se tornaram um colossal sol, o mesmo sol que esperamos, a aurora de dias melhores.
Nós somos a transformação, somos a cura de nossos males, somos aqueles que nos flagelam, até quanto deixaremos as coisas seguirem por tais caminhos vergonhosos e macabros, dos quais não queremos percorrer?

-João Piatã Ibiajara-