sábado, 24 de abril de 2010

Patriotismo: Valor perdido ou dever não cumprido?


 Quem são os homens e mulheres nascidos nesta terra brasiliana? Brasileiros?! Não, são seres estrangeirados, que louvam outras nações além do Atlântico ou ao norte do globo terrestre. Que primam por culturas que não nos pertence e por hábitos e costumes que não são nossos, que falam línguas que ferem aos ouvidos, palavra e expressões que não entendemos.

    Assim matamos nossa cultura tão rica que teimosamente insiste em resistir, executamos nossa identidade nacional, nos tornamos cidadãos do nada, pois renegamos nossa essência e não somos identificados com outra.

    Por que diabos renegaram esta pátria colossal, dotada de potencias infinitas, riquezas incalculáveis, e com uma capacidade de bem estar ilimitada. Por que ainda se encanta por um pedaço de pano e um espelho, enquanto em troca nos usurpam nossas riquezas?!

 Por que renegas o “berço esplendido” em que nasceras, não vos entendo, pois a pátria que tanto renegas apenas é o reflexo de si mesmo, de seus irmãos estrangeirados. Eis o monstro que tanto repulsas, é réu do qual se diz vitima, eis a cólera de ti mesmo .

   Não entendes que quando vota nos homens viciosos, não exerce seus direitos, foges de teus deveres e segues sua vida sobrevivendo comodamente e reclamando aos ventos como válvula de escape esta alimentando a praga que tanto condena e que lhe faz amar outras pátrias que não a sua?!

   E quando vai lá, louva os hábitos dos seus sonhados compatriotas, hábitos inversos aos seus, pois são cidadãos político-ativos, que exercem seus direitos plenamente e que cumpre religiosamente vossos deveres e que primam pelo bem estar de um todo e não só de si próprio.

   Ai é que se encontra o enigma da ilusão, idolatras o que eles são, mas não queres enxergar como fazem para serem assim, pois eles vivem para seu país, uma fraternidade magnânima, o simples bem estar social das coisas. Encerro este post com um “despertar do devaneio”.

   “Um dia, como imaginação travessa de criança, me deparei entre a fronteira da realidade e do sonho, a minha metade que estava no sonho via um Brasil prospero, harmonioso, se não era a terra prometida, era a personificação da perfeição. Já a outra metade se deparava com a realidade nua e crua, com suas manias podres soberanas e qualidades imutáveis submissas.

   Quando me aparece sem mais nem por que, um velho sábio, que me perguntou logo de cara – Se tivesses o poder de decidir em qual dos dois lados dessa fronteira ficar, qual escolherias? – e sem travas na língua e sem nem ao menos ousar pensar na questão a mim dirigia, já fui logo respondendo – Sendo o meu país, meu caro ancião, pouco me importa o lado, porque eu vou o amar da mesma forma e vou batalhar para que ele se torne um país melhor do mesmo jeito e fervor – Surpreendendo com a rapidez de minha resposta, e com tais palavras que de minha boca soava, ele me disse – Parabéns meu caro, meus sinceros parabéns! Pouco foram os homens que isso me disseram e quantos no sonho ficaram, se tornando na realidade um ser de corpo - vivo mas de alma e mente morta, vejo que você tem vivo algo que nenhum deles tinha e é com infeliz certeza de que nunca terão esse “algo”, chamado Amor.

    Amor, amor esse incomparável, e como o amor é Mãe de todos os sentimentos e valores, vieram junto com ela em ti o caráter, a coragem, a ética, a sabedoria e outras tantas mais. Com esses valores não a nação que não se agigante e prospere, mas ao contrário de que muitos acham, esses não são os heróis, mas sim os que flamejam e espalham essa chama viva em todos, para todos e por todos, no valor mais divinamente humano, o de se importar com o próximo, com seu semelhante, pois só assim que se pode salvar ao todo.”

                                                                           -João Piatã Ibiajara -

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